segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Resident Evil 6


Um dos melhores jogos da série, porem novamente os fãs se dividem entre amar ou odiar o game

Antes de falar de Resident Evil 6, precisamos voltar no tempo e avaliar a série como um todo, afinal, estamos falando de um grande clássico dos vídeo games. Resident Evil é uma franquia que possui muitos fãs em todo mundo, e justamente os fãs que sustentam sua fama e glória, também podem causar sua ruína. Os três primeiros jogos fazem parte da era "clássica" de RE, cada um com sua peculiaridade e identidade própria, mas o quarto jogo chegou e dividiu os fãs bruscamente.

Enquanto muitos simplesmente adoraram o novo estilo gráfico e de combate do Resident Evil 4, outros desgostaram completamente dizem que não se tratava de um RE. Vamos analisar o seguinte, para que uma franquia dê certo ela tem que evoluir com o tempo, ficar preso a uma mesma formula pode ser comprometedor a longo prazo, um bom exemplo que podemos utilizar são os jogos da série Tony Hawk's Pro Skater, que com o tempo foram saindo do gosto popular por falta de inovações. Para não sofrer do mesmo mau, a Capcom teve que arriscar em uma formula diferente, mas sem deixar as raízes da série de lado, assim surgiu o RE 4.

Os 3 primeiros jogos da série podem ser classificados como Survival Horror, pela ambientação, enigmas, modo de combate e cenários. Já o Resident Evil 4 podemos dizer que é um jogo de ação com elementos de Survival Horror. Isso não quer dizer que o jogo é ruim, ou que estragou os Resident Evil anteriores. Porem as pessoas tendem sempre a odiar coisas novas a tentar entende-las. Porque há pessoas que dizem que RE acabou no terceiro? simplesmente pelo "fator nostalgia". O que é isso? é quando se cria um carinho especial por algo, misturado a lembranças de boas experiências, então tende-se a negar e não aceitar mudanças nessas experiências. E é isso que aconteceu a partir de RE 4, os fãs não conseguiram acompanhar as mudanças porque gostavam muito de como Resident Evil era, e uma mudança tão drástica acabou de certa forma chocando os fãs tradicionalistas.


Resident Evil 4 é um excelente jogo de ação com diversos elementos de Survival Horror, Resident Evil 5 é um jogo puramente de ação, com o mínimo de Survival Horror presente. Já Resident Evil 6 é um jogo que tem o melhor dos dois de forma brilhantemente equilibrada. Podemos dizer que o 6 jogo da série (nono jogo da franquia) foi feito para agradar todos os fãs. Mesmo longe da perfeição, RE 6 é um dos melhores jogos da franquia, mesmo com cenas que nos faz querer desligar o console e abandonar a jogatina.

Agora vamos a análise!

Resident Evil 6, conhecido como Biohazard 6 no Japão, é um jogo do gênero ação, que mistura Survial Horror e jogado em terceira pessoa. Desenvolvido e publicado pela Capcom. Foi lançado em 2 de outubro de 2012 para PlayStation 3 e Xbox 360. A versão para Microsoft Windows foi lançada no dia 22 de março de 2013. O jogo também marca o retorno dos inimigos zumbi a série.


A história é contada a partir das perspectivas  de vários personagens, que são: Leon S. Kennedy, um sobrevivente de Raccoon City e agente especial do governo. Chris Redfield, membro e fundador da BSAA traumatizado por ter perdido seus homens em uma missão. Jake Muller, filho ilegítimo de Albert Wesker e associado de Sherry Birkin. Ada Wong, uma agente solitária com ligações aos ataques bio-terroristas pela Neo-Umbrella (sem contar outros coadjuvantes também jogáveis).

O conceito do jogo começou em 2009, mas começou a ser produzido no ano seguinte sobre a supervisão de Hiroyuki Kobayashi, que já tinha produzido Resident Evil 4. A equipa de produção acabou por crescer e tornou-se na maior a trabalhar em um jogo da série Resident Evil. Resident Evil 6 foi apresentado durante uma campanha de divulgação na página NoHopeLeft.com. Resident Evil 6 recebeu reações negativas no lançamento da demo devido aos problemas nas jogabilidade e criticas muito diversas devido à mudanças drásticas da jogabilidade encontrada na versão final do jogo, sendo um ponto de elogio mas também criticado nas diferentes análises.  Apesar de não ter sido bem recebido tanto pela imprensa especializada como pelos jogadores, Resident Evil 6 vendeu mais de 5.2 milhões de unidades, tornando-se no terceiro jogo mais vendido da Capcom, depois de Resident Evil 5 e Street Fighter II.

Resident Evil 6 permite selecionar entre três campanhas interligadas por diferentes enredos. São três protagonistas principais - Leon S. Kennedy, Chris Redfield e Jake Muller - que possuem seus próprios parceiros, algo similar a RE 5. Uma quarta campanha fica desbloqueada depois que se termina as outras três, em que se joga com Ada Wong sozinha, essa campanha liga todas as histórias de maneira muito competente e interessante.


Os parceiros ou são controlados pela IA ou por outro jogador via multiplayer online ou tela dividida. No modo campanha, o jogador pode permitir a entrada de outro a qualquer altura do jogo, sendo que os inventários de cada um são agora separados. É possível apanhar itens e mudar de armas em tempo real. O jogo também permite aos jogadores atirar e andar ao mesmo tempo, algo que só existia em Resident Evil: Outbreak File 2. Uma nova características são as pastilhas, na qual se pode recuperar energia ao clicar de um botão. As pastilhas podem ser fabricadas coletando e misturando ervas. Se o personagem fica sem energia, o jogador terá um tempo curto para tentar defender-se enquanto o seu parceiro o revitaliza. Se o jogador é morto, o jogo volta ao ultimo check point.

O jogo tem vários tipos de inimigos principais incluindo novamente os zumbis e um novo tipo chamado J'avo. Ao contrário dos zombis, os J'avos conseguem interagir entre eles e podem planejar certos ataques, conseguem usar armas de fogo e armas brancas e até se curam sozinhos. Alguns inimigos deixam cair "pontos de perícia" quando morrem, que podem depois ser gastos para melhorar as armas.


Durante o evento Captivate 2012 em Roma, a Capcom revelou que em Resident Evil 6 retorna o modo multiplayer, tendo modos online e tela dividida. Ao contrário de Resident Evil 5, o modo inclui a possibilidade de entrar e sair do jogo sem ser necessário voltar ao check point ou a recomeçar o capítulo. A Capcom também confirmou a volta do modo Mercenaries. Ao contrário de jogos anteriores, Mercenaries está disponível logo de início, não sendo necessário desbloquear. Uma novidade é o  modo Agent Hunt, que permite aos jogadores controlar inimigos nas partidas de outros jogadores online.

Introdução ao enredo:

O ano é 2013 e o presidente dos Estados Unidos Adam Benford, decidiu revelar a verdade por trás do acontecido em Racoon City no ano de 1998, com a esperança de acalmar o atual ressurgimento de atividades bioterroristas. Junto a ele está o seu amigo pessoal e sobrevivente do incidente de Racoon City, Leon S. Kennedy, e também sua nova companheira Helena Harper. O local onde eles se  encontram sofre um ataque bioterrorista, Leon é forçado a confrontar-se com presidente transformado em zumbi e se vê forçado a tomar uma dolorosa decisão.

Ao leste de Edonia (algum lugar na Europa) Jake Muller, filho do bioterrorista Albert Wesker, foge das autoridades durante um ataque bioterrorista. Em sua fuga, Jake torna-se parceiro de Sherry Birkin, filha do falecido Dr. William Birkin (companheiro de pesquisa de Albert).



Enquanto isso Chris Redfield, membro da BSAA (Bioterrorism Security Assessment Alliance) chega à cidade fictícia de Lanshiang (baseada em Hong Kong), também sob a ameaça de um ataque bioterrorista. Nenhum país está protegido contra estes ataques e aos surtos que se seguiram, a população de todo o mundo está unida por um medo comum: a falta de esperança.

Personagens:

Em Resident Evil 6 retornam os personagens principais Leon S. Kennedy (Matthew Mercer) e Chris Redfield (Roger Craig Smith). Leon e Chris tem novos personagens como parceiros: Helena Harper (Laura Bailey) e Piers Nivans (Christopher Emerson), respectivamente. O terceiro par controlável são Sherry Birkin (Eden Riegel) e o novo personagem, Jake Muller (Troy Baker), filho ilegítimo de Albert Wesker. Ada Wong (Courtenay Taylor) também é uma personagem jogável ao qual se junta a meio da campanha uma personagem misteriosa conhecida apenas como Agent. Também regressa Ingrid Hunnigan (Salli Saffioti), vista a ultima vez em Resident Evil 4 e que dá apoio a Leon. Um novo personagem, Derek C. Simmons (David Lodge), é um estreante na série. Outros personagens menores incluem o Presidente Adam Benford (Michael Donovan), Finn Macauley (Yuri Lowenthal) e Deborah Harper (Kate Higgins).

Comentário: Quem tem paciência para aprender a jogar, gosta de montar estratégias para vencer os inimigos e é um verdadeiro fã de Resident Evil vai adorar com certeza. Quem tem cérebro de zumbi e só sabe esmagar botões não vai se adaptar ao RE 6. Vamos começar falando de gráficos, que estão levemente inferiores em questão de qualidade se compararmos a RE 5. Mas em questão de detalhamento de cenários, variedade de ambientes, e quantidade de locais para serem explorados, este Resident Evil é insuperável. Os gráficos são ótimos em muitos aspectos, como a modelagem de personagens e inimigos. Porem alguns cenários tem texturas lavadas e pobres, mas bem escondidas. Os efeitos de sombra e iluminação estão de primeira, e a ambientação muito variada e interessante.

Falando de jogabilidade, é tudo muito relativo e pessoal. Demora um pouco até se acostumar com os controles, que são precisos porem difíceis de dominar. Os ataques físicos funcionam muito bem, e atirar com as armas passa uma boa sensação de disparo. Agora o personagem se move livremente, o que ajuda muito nos combates. Os personagens tem variações de ataque e força, e podem usar obstáculos como cobertura (famoso murinho estilo Uncharted e tantos outros jogos de tiro em terceira pessoa). Há muitas cenas de QTEs (quick time events) que são cenas onde o jogador deve apertar o botão certo na hora certa para ativar a ação, caso contrário é morte na certa. Os J'avo reagem de formas diferentes dependo do membro em que são atingidos, se são atingidos no braço logo a área sobre uma mutação.


O jogo é bastante competente e completo, as três campanhas são longas sem exageros e bastante prazerosas de serem jogadas. Com Leon tudo lembra o tradicional Survival Horror, com zumbis e sustos oportunos. Destaque para a cidade de Tal Oakis infestada de zumbis. No controle de Chris tudo é mais Resident Evil 5, a ação não para. Destaque para a luta inesquecível contra a cobra gigante. Com Jake temos algo que lembra Resident Evil 3, onde um inimigo poderoso o persegue implacavelmente durante a campanha toda. Na pele de Ada temos o desfecho e junção das histórias, com um pouco de cada  uma das campanhas de Lean, Chris e Jake, jogando com Ada é que entendemos todo o enredo.

Tocando no assunto enredo, esse é um dos pontos altos de Resident Evil 6. A história é muito boa, e conta com cenas muito marcantes e personagens convincentes. Porem desliza em cenas de ação exageradas, algumas beiram o ridículo (como a cena de perseguição de moto na campanha de Jake, ou da avalanche). O exagero demasiado em certas cenas são o que mais estragam o brilho deste jogo que tinha tudo para ser o melhor da saga. Mas se você não ligar muito para isso, terá eventos e cenas de combates muito memoráveis.

Pontos positivos: Gráficos de primeira, enredo e diversidade são os destaques principais desse jogo.

Pontos negativos: Cenas de ação muito exageradas, jogabilidade difícil de dominar.

Veredito: 

Um jogo muito bom, perfeitamente jogavel e memorável. Fã e não fã de Residente Evil poderá aproveitar muito bem este jogo, que junta o melhor dos RE clássicos com a renovação que começou com Resident Evil 4. Muito longe de ser perfeito, mas um episódio dos bons. Jogue sem medo (a não ser dos monstros).

Confira os trailers:



Site Oficial: www.residentevil.net/en/

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